Como comentei antes, ideia que Samuel (ou alguém ligado a ele) tenha escrito o livro é muito plausível. Podemos imaginar que Samuel, que testemunhou o declínio do reinado de Saul e foi divinamente instruído para ungir Davi como escolhido de Deus para o trono, tivesse realmente escrito o livro, na tentativa de mostrar a provisão de Deus na vida de pessoas simples e com dificuldades, para que o povo pudesse entender o quanto o Senhor amava seu povo.
A ideia era mostrar a genealogia de Davi, que faz parte da conclusão do livro, para indicar a clara conexão entre no novo rei e os patriarcas, oferecendo assim uma resposta a todos aqueles que, em Israel, indagassem pelo passado familiar daquele que já era ungido seu rei. Sem contar, é claro, com mais uma vez a provisão de Deus na vida de um personagem que auxilia na mudança da vida do povo, como foi com Abraão (saindo de casa e tendo seu nome mudado), Jacó, José (vendido como escravo, dado como morto para seu pai e provê o sustento de sua família), Moisés (tirado do rio e criado na casa de Faraó, quando a ordem era matar todos os meninos hebreus que nascessem)...
Dessa forma, contar a história de Rute e Boaz serve para mostrar a linhagem de Davi, bem como a realidade de que ele descende de forma mais próxima de uma família onde os homens morreram, deixaram as mulheres viúvas e sem filhos, fora de sua terra (no caso de Noemi), uma das noras resolve continuar com a sogra, mesmo sem perspectivas de melhoria na vida (numa sociedade onde o homem deve prover o sustento), é rejeitada pelo primeiro na linha da remissão, mas encontra o cuidado do Senhor, mesmo diante das adversidades, para dar sequência a essa história e permitir ao povo de Israel o grande líder Davi. Mostra, assim, provisão do Senhor no meio das dificuldades!
Seguimos na próxima semana, permitindo o Senhor!
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